O dia que eu morri

Outro dia eu morri, morri mesmo, de morte morrida, como ficou registrado no meu atestado que óbito, que não sei por que não me pediram pra assinar, foi uma morte que você não fica vivo pra ver.

Passei pelos médicos que não puderam fazer nada, a não ser preencher alguns papéis pra constar como consulta e receber uma graninha sem fazer nada, de lá fui mandado direto pro necrotério.

Eu estava deitado na sala do necrotério, enquanto os médicos legistas mexiam no meu corpo, segundo eles a causa da minha morte foi um probleminha no coração, nada muito sério, como disse o cardiologista semanas antes. Os legistas examinavam meu corpo pra saber se ainda prestava alguma coisa, eles nem me perguntaram se eu era doador de órgãos, ainda bem que era, tinha uma médica legista muito gata que não tirava os olhos do meu pau, aí seu eu tivesse vivo!!!!

Bom o meu fígado foi direto pro lixão hospitalar, os rins estavam legais, se eu tomasse uma três cervejas já começa a mijar sem parar, as córneas também estavam boas, só teriam que dar uma limpadinha, pois deveriam ter algumas imagens deliciosamente pornográficas gravadas.

Resumindo tiraram o pouco que prestava de dentro de mim, fiquei sem recheio, sempre fui magro, mais não tão leve desse jeito. Colocaram o fígado em uma caixa de lixo hospitalar, os rins colocaram num isopor igual ao que eu levava na praia com cerveja gelada, as córneas também colocaram em uma embalagem adequada, e o coração o causador da minha morte, retiraram do meu peito com todo o cuidado e colocaram em uma embalagem de Sedex, mesmo totalmente destruído a dona dele o queria de volta.

F
U
I

Luh :p